Dashboards de projetos: o que são, como montar e quais métricas usar
21 min de leitura | 31 de março 2025Criar e acompanhar um projeto sem um bom painel visual é quase como dirigir sem olhar o painel do carro. Você até consegue avançar, mas, aos poucos, perde a noção da velocidade, do consumo e até dos possíveis problemas pelo caminho. Por isso, os dashboards de projetos vêm ganhando cada vez mais espaço nas equipes que precisam trabalhar com clareza, rapidez e acompanhamento constante.
Com eles, você reúne as informações mais importantes em um único lugar e, assim, consegue entender o que está funcionando, o que está atrasando e o que precisa de atenção imediata. Além disso, esses painéis ajudam muito na comunicação diária, já que toda a equipe passa a enxergar o mesmo cenário, evitando ruídos e alinhando expectativas desde o início.
Ainda assim, muitas pessoas não sabem por onde começar, quais métricas priorizar ou até como transformar dados soltos em análises realmente úteis. Por isso, neste guia, você vai ver — de forma simples e prática — o que são dashboards de projetos, como montar o seu passo a passo e quais indicadores fazem diferença de verdade no dia a dia da gestão.
Vamos por partes para deixar tudo mais claro. Quer entender como transformar dados em decisões melhores? Então siga em frente.
1. O que são dashboards de projetos e por que eles importam?
Os dashboards de projetos são painéis visuais que reúnem, em um único lugar, os principais dados do projeto — como prazos, andamento das tarefas, orçamento, capacidade da equipe e possíveis riscos. Em vez de abrir várias planilhas ou ficar caçando informações em conversas e documentos, você acessa um único painel para enxergar tudo de forma clara, rápida e organizada.
Além disso, dashboards ajudam você a entender o cenário geral do projeto sem precisar mergulhar em detalhes técnicos. Eles mostram, por exemplo, se o time está avançando como previsto, onde existem gargalos e quais entregas precisam de atenção imediata. Isso significa que, a cada atualização, você consegue tomar decisões com mais segurança e corrigir desvios antes que se transformem em problemas maiores.
Outro ponto essencial é que dashboards fortalecem o alinhamento. Quando todas as pessoas visualizam os mesmos indicadores, a comunicação fica mais simples, o acompanhamento mais transparente e o fluxo de trabalho mais previsível. Isso reduz ruídos, evita retrabalhos e deixa a equipe mais preparada para lidar com mudanças de prioridade — algo muito comum no dia a dia dos projetos.
Inclusive, essa visão consolidada é um dos pilares centrais do controle de projetos, como explicamos no artigo: Controle de projetos: guia completo para manter prazos, orçamento e qualidade
Afinal, controlar bem um projeto significa acompanhar métricas em tempo real, entender como cada etapa está evoluindo e agir rapidamente quando algo sai do plano inicial.
Além disso, dashboards são totalmente adaptáveis. Você pode começar com um painel simples, apenas com informações básicas, e evoluir para análises mais completas, com dados financeiros, indicadores de produtividade, relatórios comparativos e gráficos avançados. Assim, o dashboard cresce junto com a maturidade da gestão — e não o contrário.

2. Principais métricas e indicadores para dashboards de projetos
Para que os dashboards de projetos realmente ajudem na tomada de decisão, é essencial escolher bem quais métricas acompanhar. Afinal, não adianta encher o painel de números se eles não mostram o que importa. Por isso, a ideia é selecionar indicadores que tragam clareza sobre o andamento, os prazos, os custos e o desempenho da equipe.
De maneira geral, existem alguns indicadores que aparecem com mais frequência nos melhores dashboards. Eles ajudam você a entender rapidamente se o projeto está evoluindo como esperado, onde estão os pontos de atenção e quais ações precisam ser priorizadas. E o melhor: são fáceis de interpretar, mesmo por quem não tem tanta familiaridade com relatórios ou análises mais complexas.
Além disso, escolher métricas alinhadas à realidade do projeto evita que a equipe se perca em dados irrelevantes. Assim, todo mundo se concentra no que realmente move o projeto para frente.
A seguir, veja os principais tipos de indicadores que costumam aparecer em dashboards de projetos e por que eles fazem tanta diferença no dia a dia da gestão:
2.1 Status do projeto
Esse indicador oferece uma visão clara do andamento do projeto e mostra de forma objetiva se ele está dentro do prazo, adiantado ou atrasado. Para facilitar a análise, você pode exibi-lo de diferentes maneiras, como barras de progresso, gráficos comparativos ou semáforos de status, que destacam visualmente a situação atual.
Ao adotar esse tipo de visualização, a equipe identifica rapidamente qualquer desvio em relação ao planejamento inicial. Com isso, torna-se possível agir de forma imediata, ajustar o cronograma e tomar medidas corretivas, garantindo que o projeto continue no caminho certo e evitando impactos maiores nas entregas.
2.2 Progresso das tarefas
Tal indicador monitora a quantidade de atividades concluídas, em andamento e pendentes ao longo do projeto. Ele pode ser exibido por meio de gráficos de pizza, tabelas ou quadros Kanban, oferecendo uma visualização clara do status das tarefas.
Com essa visualização, é possível avaliar o ritmo da equipe e identificar se há sobrecarga em algum ponto. Caso necessário, a equipe pode redistribuir as demandas de maneira mais eficiente, garantindo que o trabalho flua de forma equilibrada e sem obstáculos.
2.3 Cumprimento de prazos
Esse indicador compara a data planejada para cada etapa do projeto com a data real de conclusão. Ele pode ser visualizado por meio de gráficos de linha do tempo, Gantt ou listas organizadas por status, proporcionando uma visão clara das variações no cronograma.
Ao monitorar essa métrica, é possível identificar atrasos em tempo hábil e tomar as ações necessárias para corrigi-los, evitando que esses atrasos comprometam a entrega final do projeto. Assim, a equipe consegue manter o controle do cronograma e garantir que as metas sejam cumpridas dentro do prazo estipulado.
2.4 Orçamento e custos
O acompanhamento do orçamento revela a porcentagem dos recursos já utilizados em relação ao valor total previsto para o projeto. Ele pode ser representado por gráficos de barras, indicadores percentuais ou tabelas comparativas, tornando a análise financeira mais acessível.
Acompanhar essa métrica de perto ajuda a evitar surpresas financeiras e permite ajustes estratégicos antes que os recursos se esgotem. Com isso, a equipe pode realocar despesas e garantir que o projeto se mantenha dentro do planejamento financeiro.
2.5 Capacidade da equipe
Indica a carga de trabalho distribuída entre os membros da equipe, podendo ser representada por gráficos de distribuição de tarefas ou mapas de calor. Acompanhar essa métrica ajuda na organização das demandas, evitando sobrecarga e promovendo um melhor equilíbrio na produtividade do time.
2.6 Riscos identificados
Lista os riscos que podem impactar o projeto, como atrasos, mudanças no escopo ou falta de recursos. Normalmente é apresentado em tabelas com níveis de criticidade e ações preventivas recomendadas. Antecipar possíveis problemas permite que a equipe tome medidas para minimizar impactos negativos.
Caso você queira aprofundar ainda mais esse tema, vale conferir o artigo “Métricas para controle de projetos: 7 indicadores que garantem entregas melhores”, já que ele detalha vários indicadores essenciais para um acompanhamento mais completo.

3. Elementos visuais essenciais para dashboards de projetos
Depois de escolher as métricas certas, o próximo passo é transformar esses dados em algo fácil de interpretar. Afinal, dashboards de projetos existem justamente para deixar a análise mais clara, mais rápida e muito mais visual. Por isso, entender quais elementos tornam o painel intuitivo faz toda a diferença no dia a dia.
A seguir, veja quais são os principais elementos visuais que contribuem para um dashboard realmente eficaz.
3.1 Gráficos e tabelas
Cada tipo de gráfico possui uma função específica, sendo essencial escolher o mais adequado para cada tipo de dado. Por exemplo, gráficos de barras são ideais para comparações entre diferentes categorias, enquanto gráficos de linha ajudam a visualizar tendências ao longo do tempo. Por outro lado, gráficos de pizza são mais indicados para destacar proporções entre partes de um todo.
Além disso, quando há necessidade de apresentar informações detalhadas de forma estruturada, as tabelas se tornam a melhor opção. Dessa forma, a equipe consegue interpretar os dados com mais facilidade e tomar decisões mais embasadas.
3.2 Indicadores de desempenho (KPIs)
Os destaques numéricos desempenham um papel essencial na visualização rápida de informações-chave. Eles permitem acompanhar métricas como o percentual de tarefas concluídas, o orçamento já utilizado e o cumprimento dos prazos de forma clara e acessível.
Além disso, ao exibir esses números de maneira destacada, o dashboard facilita a interpretação dos dados, tornando o acompanhamento mais direto e intuitivo. Dessa forma, a equipe pode tomar decisões com mais agilidade e ajustar estratégias sempre que necessário.
Continue lendo sobre o tema em: KPIs: o que são e como saber quais são essenciais para você
3.3 Cores e status visuais
O uso de cores é uma estratégia eficaz para facilitar a interpretação dos dados e tornar o dashboard mais intuitivo. Por exemplo, tons de verde podem indicar que o progresso está dentro do esperado, enquanto o amarelo pode sinalizar a necessidade de atenção a determinados pontos. Já o vermelho serve como um alerta para possíveis problemas que exigem ação imediata.
Além disso, a inclusão de ícones e marcadores visuais contribui ainda mais para destacar informações importantes. Esses elementos ajudam a equipe a identificar rapidamente os dados mais relevantes, permitindo uma análise mais ágil e eficiente.
3.4 Filtros e segmentações
Os painéis interativos oferecem a possibilidade de visualizar informações de diferentes maneiras, como por equipe, período ou fase do projeto. Essa flexibilidade permite que cada usuário filtre e analise os dados de acordo com suas necessidades, tornando o acompanhamento mais dinâmico e eficiente.
Além disso, ao possibilitar diferentes formas de visualização, esses painéis ajudam a identificar padrões, comparar cenários e tomar decisões mais estratégicas com base em dados atualizados e organizados de forma clara.
4. Como criar dashboards de projetos eficientes (passo a passo)
Depois de entender o que acompanhar e como organizar visualmente os dados, chega a hora de montar, de fato, seus dashboards de projetos. Para isso, você não precisa começar com algo complexo. Pelo contrário: o ideal é seguir um passo a passo simples, validar com o time e ir evoluindo aos poucos.
4.1 Defina o objetivo do dashboard
Antes de sair arrastando gráficos para a tela, pare e responda: “Qual pergunta este dashboard precisa responder?”. Pode ser algo como: “Estamos dentro do prazo?”, “O orçamento está sob controle?” ou “A equipe está sobrecarregada?”. Esse foco orienta todo o resto.
4.2 Escolha as métricas essenciais
Com o objetivo claro, selecione apenas os indicadores que ajudam a responder essa pergunta. Assim, você evita aquele painel poluído, difícil de ler e que mais confunde do que ajuda. Menos dados, bem escolhidos, quase sempre geram melhores decisões.
4.3 Padronize as fontes de dados
Em seguida, garanta que os dados venham de fontes confiáveis e organizadas. Isso pode incluir o sistema de gestão de projetos, o controle de horas e o financeiro. Quando essa base está alinhada, o dashboard deixa de ser um “palpite visual” e passa a refletir, de fato, a realidade do projeto.
Nesse ponto, usar referências, como trouxemos no artigo o Relatório de projeto: guia prático para montar e apresentar resultados, ajuda a manter padrão e consistência.
4.4 Monte, teste e ajuste com o time
Por fim, crie o layout, apresente para quem usa no dia a dia e peça feedback. Ajuste o que estiver confuso, remova o que ninguém olha e destaque o que realmente apoia a tomada de decisão. Com o tempo, seu dashboard se torna um aliado constante do controle de projetos.

5. Ferramentas para dashboards de projetos
Depois de entender como montar seus painéis, o próximo passo é escolher a ferramenta certa. Embora existam várias opções no mercado, nem todas oferecem o mesmo nível de visualização, integração e facilidade de uso.
Por isso, vale comparar cada alternativa para entender qual faz mais sentido para a sua equipe e para o tipo de projeto que você gerencia.
1. Power BI
O Power BI é uma das soluções mais completas para quem precisa de análises avançadas. Ele se conecta a diversas fontes de dados, permite criar dashboards personalizados e oferece uma grande variedade de gráficos. Por outro lado, pode exigir um pouco mais de conhecimento técnico, especialmente no início.
2. Google Data Studio
á o Data Studio é uma opção gratuita, prática e muito útil para quem está começando. Ele se integra facilmente com Google Sheets, Google Analytics e outras ferramentas do ecossistema. Além disso, é intuitivo e possibilita montar painéis colaborativos de forma rápida.
3. Excel
Embora seja mais manual, o Excel continua sendo uma alternativa viável para dashboards simples. Com gráficos dinâmicos e boas fórmulas, você consegue criar painéis funcionais. No entanto, ele se torna limitado quando a equipe cresce ou quando você precisa de dados atualizados automaticamente.
4. FlowUp Analytics
Por fim, se a sua equipe trabalha com projetos diariamente e precisa de informações reais atualizadas em tempo real, o FlowUp Analytics oferece dashboards prontos, métricas essenciais, indicadores de produtividade e relatórios integrados ao restante da operação. Além disso, ele se conecta ao financeiro, ao controle de horas, ao Kanban e ao Gantt, garantindo uma visão completa do desempenho.
Para entender por que ter tudo centralizado facilita tanto o trabalho, vale explorar o conteúdo sobre Software de gestão integrado: conecte seus projetos e documentos, que mostra como essa integração simplifica a rotina e aumenta a precisão dos dados.
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Manter o controle de projetos pode ser desafiador sem as ferramentas certas. Com o FlowUp Analytics, você pode transformar dados em decisões estratégicas com dashboards personalizados e fáceis de usar.
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Transforme seus dados em decisões melhores!
Depois de entender tudo o que um bom dashboard pode oferecer, fica claro que ele não é apenas um recurso visual “bonito” — ele é uma ferramenta estratégica. Afinal, quando você reúne informações essenciais em um painel simples, atualizado e fácil de interpretar, todo o processo de tomada de decisão se torna muito mais rápido e confiável. E isso vale para qualquer área: prazos, orçamento, produtividade ou capacidade da equipe.
Além disso, dashboards de projetos ajudam a reduzir ruídos internos. Isso acontece porque todos passam a enxergar a mesma realidade, no mesmo momento e a partir dos mesmos indicadores. Assim, o time ganha alinhamento, previsibilidade e muito mais clareza sobre o que precisa ser feito, quando e por quê. Dessa forma, você evita surpresas, antecipa problemas e mantém o projeto sempre no ritmo certo.
Outra vantagem é que dashboards incentivam uma cultura baseada em dados. Em vez de trabalhar com percepções ou achismos, você toma decisões apoiadas em métricas reais. Com o tempo, isso melhora o desempenho da equipe, fortalece o planejamento e aumenta significativamente a qualidade das entregas.
Por fim, vale lembrar que um bom dashboard não precisa ser complexo. Você pode começar com poucos indicadores e, gradualmente, evoluir conforme o projeto e a maturidade da equipe crescem. O importante é que ele ajude de verdade no dia a dia, trazendo clareza, foco e confiança para todas as etapas do trabalho.
Se o objetivo é ter mais controle, mais organização e mais velocidade nas decisões, dashboards de projetos são o caminho mais direto — e, principalmente, o mais eficiente — para chegar lá.
