Como fazer uma boa gestão de conflitos

O gestor deve trabalhar no sentido de evitar os conflitos, mas, invariavelmente, eles aparecerão. Portanto, cabe ao líder da empresa ou do setor encontrar e aplicar estratégias para gerenciar situações desse tipo. Afinal, o sucesso de um negócio e a produtividade da empresa dependem do trabalho harmônico dos funcionários.

Os conflitos podem ter inúmeras causas, como intransigência, preconceito, inveja, insubordinação e assim por diante. Veja neste artigo algumas dicas de como fazer uma boa gestão de conflitos!

O que é gestão de conflitos?

Gestão de conflitos refere-se ao conjunto de práticas e estratégias adotadas por líderes e gestores para lidar eficazmente com situações de desentendimento, divergências ou tensões entre membros de uma equipe ou entre diferentes setores da empresa. É uma habilidade crucial para manter um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

Qual é o objetivo da gestão de conflitos?

O objetivo fundamental da gestão de conflitos é promover um ambiente de trabalho saudável, onde as diferenças e desentendimentos são abordados de maneira construtiva, contribuindo para a harmonia e a eficiência da equipe. Além disso, a gestão de conflitos busca:

1. Melhorar a Comunicação

Um dos principais objetivos é facilitar uma comunicação aberta e eficaz entre os membros da equipe, promovendo o entendimento mútuo e reduzindo mal-entendidos que possam levar a conflitos.

2. Resolver Conflitos de Forma Construtiva

Ao invés de ignorar ou suprimir os conflitos, a gestão eficaz procura resolvê-los de maneira construtiva. Isso pode envolver a identificação das causas subjacentes, encorajando o diálogo aberto e encontrando soluções que beneficiem todas as partes envolvidas.

3. Manter o Foco nos Objetivos Organizacionais

A gestão de conflitos ajuda a assegurar que as disputas pessoais não prejudiquem os objetivos gerais da empresa. Isso implica em orientar a equipe para que, mesmo diante de desentendimentos, todos estejam alinhados com os propósitos e metas da organização.

4. Fomentar um Ambiente de Trabalho Positivo

Ao lidar efetivamente com os conflitos, os líderes contribuem para a criação de um ambiente de trabalho positivo, onde os funcionários se sentem valorizados e motivados a contribuir para o sucesso coletivo.

5. Desenvolver Habilidades de Resolução de Conflitos

A gestão de conflitos não é apenas sobre intervenção pontual, mas também sobre capacitar os membros da equipe com habilidades de resolução de conflitos. Isso pode incluir treinamentos, workshops e estratégias para promover a autogestão de conflitos.

6. Prevenir Conflitos Recorrentes

Identificar padrões de conflito e implementar medidas preventivas são componentes importantes da gestão de conflitos. Isso pode envolver a criação de políticas claras, estabelecimento de canais de comunicação eficazes e promoção de uma cultura organizacional que valorize a diversidade e a colaboração.

Em resumo, a gestão de conflitos visa criar um ambiente onde as divergências são reconhecidas como normais, mas são tratadas de maneira a fortalecer a coesão e a eficiência da equipe, contribuindo diretamente para o sucesso organizacional.

Quais são os 4 tipos de conflito?

Os conflitos podem se manifestar de diferentes formas e em diversos contextos. Aqui estão quatro tipos comuns de conflito que líderes e gestores podem enfrentar e precisam gerenciar:

1. Conflitos de Personalidade:

Este tipo de conflito surge de diferenças individuais na personalidade, valores ou estilos de trabalho. Pode incluir choques de egos, incompatibilidades de temperamento ou simplesmente a falta de afinidade entre membros da equipe. A gestão eficaz nesse caso envolve a promoção da compreensão mútua e a busca por pontos de convergência.

2. Conflitos de Interesses:

Conflitos de interesses ocorrem quando as metas ou objetivos de diferentes membros da equipe ou setores da empresa entram em conflito. A gestão desse tipo de conflito requer a identificação e o alinhamento de interesses comuns, além da busca por soluções que beneficiem ambas as partes, evitando impactos negativos nos objetivos organizacionais.

3. Conflitos de Poder:

Conflitos de poder surgem quando há disputas sobre a distribuição de autoridade, responsabilidades ou recursos dentro da organização. O gestor precisa equilibrar as relações de poder, garantindo que as decisões sejam tomadas de maneira justa e transparente, promovendo a colaboração e evitando ressentimentos.

4. Conflitos de Percepção:

Este tipo de conflito decorre de interpretações diferentes de informações, eventos ou ações. A gestão eficaz de conflitos de percepção envolve esclarecer mal-entendidos, promover uma comunicação aberta e assegurar que todas as partes tenham uma compreensão comum dos fatos.

Como fazer uma boa gestão de conflitos (independente do tipo de conflito)?

Conheça bem a sua equipe

Nada melhor do que conhecer a equipe que trabalha para você, não é mesmo? Assim, será possível diferenciar os temperamentos e lidar com cada um, respeitando seu perfil. O importante é que todos sejam respeitados no ambiente de trabalho.

Muitas vezes, surgem antipatias de uns para com os outros e isso pode gerar graves problemas. Embora as aversões entre alguns colegas de trabalho pareçam algo comum, o gestor deve trabalhar para eliminá-las.

Se você sabe que existe um funcionário que gosta de provocações e de criar intrigas, o melhor é conversar seriamente com ele ou transferi-lo para outro setor. Não convém alimentar atitudes que geram desconforto e atrapalham o andamento dos trabalhos.

Procure aproximar todos entre si de forma que possa existir um relacionamento saudável entre os membros da equipe. Ainda que não seja possível mudar os sentimentos de uns para com os outros, pode-se evitar situações de grandes transtornos.

Ouça seus colaboradores

Outra dica para gestão de conflitos é: seja aberto para ouvir as queixas dos funcionários sem prejulgamentos. Veja o que eles precisam e se realmente faz sentido o que estão dizendo.

Mostrando-se acessível e dialogando com eles, o gestor poderá dirimir muitas dúvidas, esclarecer certos pontos e apagar imagens negativas que, talvez, um funcionário tenha a seu respeito ou a respeito de outro colega.

Só tome cuidado para não alimentar fofocas. Se perceber que algum funcionário está se aproximando de você somente com o intuito de desmerecer um colega pelo simples prazer de fofocar, corte logo essa liberdade e deixe claro que não aceita esse tipo de conduta em seu setor ou empresa.

Mantenha-se neutro

Evite se mostrar contra ou a favor de alguém diante de um conflito. Antes, procure compreender o que está acontecendo e resolver o problema de forma harmoniosa e equilibrada. Essa atitude significa não privilegiar uns em detrimento de outros, pois isso pode gerar frustrações e até abandono de trabalho.

Mesmo sabendo quem está certo ou errado, não tome posições muito partidárias. Converse em particular com cada funcionário e esclareça as coisas sem constrangimento ou precipitações. Sobretudo, posicione-se somente sobre aquilo que diz respeito ao trabalho. Não convém ao gestor tomar partido em disputas das quais nem sabe direito as causas.

Trabalhe suas habilidades de comunicação e negociação

Uma boa forma de conduzir a gestão de conflitos é fazendo uso sábio de seu poder de comunicação, que pode servir para reaproximar colegas e evitar situações mais difíceis.

Nesse sentido, em alguns momentos, o gestor precisa atuar como um diplomata, procurando conciliar, e não ser motivo para que as disputas se acendam ainda mais. Com isso em mente, incentive o diálogo entre todos, pois, assim, muitas ideias erradas poderão ser retificadas.

A verdade é que alguns conflitos se originam de mal-entendidos, de pouca tolerância e de ideias preconcebidas. O gestor deve procurar desmistificar impressões erradas e sempre negociar a “paz” no ambiente de trabalho. Não tenha dúvida: uma boa conversa, o diálogo e o bom humor podem transformar problemas aparentemente graves em coisas sem importância.

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