Gestão de Pessoas

Rage applying: o que é como o RH pode prevenir essa prática

12 min de leitura | 25 de abril 2024

No mundo competitivo e dinâmico de recrutamento e seleção, os profissionais de recursos humanos enfrentam desafios únicos. Um desses desafios é o fenômeno do “rage applying”, uma prática cada vez mais comum que pode sobrecarregar equipes de RH e prejudicar o processo de contratação. 

Neste artigo, exploraremos o que é o rage applying, suas principais razões e como o RH pode adotar estratégias eficazes para prevenir essa tendência prejudicial.

 

O que é Rage Applying?

O termo “rage applying” refere-se ao ato de candidatos enviarem uma grande quantidade de currículos para vagas de emprego para as quais eles claramente não são qualificados. Essa prática é motivada por frustração, desespero ou até mesmo raiva em relação ao processo de procura de emprego. 

Os candidatos que se envolvem no rage applying muitas vezes não se preocupam com os requisitos específicos das vagas ou com a cultura da empresa, apenas enviam seus currículos em massa na esperança de receber uma resposta positiva.

 

Qual a diferença entre rage applying e quiet quitting?

O “rage applying” e o “quiet quitting” são dois fenômenos distintos no contexto do mercado de trabalho, mas ambos refletem diferentes aspectos do relacionamento entre os funcionários e as oportunidades de emprego.

 

Rage Applying

O rage applying, como discutido anteriormente, refere-se ao ato de candidatos enviarem uma grande quantidade de currículos para vagas de emprego para as quais eles claramente não são qualificados.

Esse comportamento é motivado por frustração, desespero ou raiva em relação ao processo de procura de emprego.

Os candidatos que se envolvem no rage applying geralmente não se preocupam com os requisitos específicos das vagas ou com a adequação à cultura da empresa, apenas enviam seus currículos em massa na esperança de receber uma resposta positiva.

 

Quiet Quitting

O quiet quitting, por outro lado, refere-se à prática de funcionários que estão insatisfeitos com seu trabalho, mas optam por não expressar abertamente sua insatisfação ou buscar ativamente novas oportunidades.

Em vez disso, eles permanecem no emprego, mas reduzem seu engajamento e produtividade gradualmente ao longo do tempo.

Essa diminuição silenciosa do esforço pode passar despercebida pela gerência por um tempo, mas eventualmente pode levar à saída do funcionário ou a uma redução significativa na eficácia de seu trabalho.

 

Leia mais sobre este tema em: Decifrando a Geração Z: De Quiet Quitting a Lazy Girl Job, como esses jovens estão impactando o mercado de trabalho?

 

Embora o rage applying e o quiet quitting sejam distintos em sua natureza e manifestação, ambos refletem desafios importantes enfrentados pelos profissionais de RH e pelos gerentes de equipe.

Identificar esses comportamentos e adotar estratégias proativas para abordá-los pode ajudar as organizações a promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

 

Quais são as principais razões pelas quais o rage applying acontece?

Encontrar o equilíbrio entre quantidade e qualidade é crucial no processo de busca de emprego. Vamos explorar algumas das principais razões pelas quais os candidatos se envolvem no rage applying:

 

1.Desespero por Emprego:

Muitos candidatos enfrentam pressão financeira ou emocional para encontrar um emprego rapidamente. O desemprego prolongado pode levar à ansiedade e ao desespero, levando os candidatos a aplicarem-se a qualquer vaga disponível, independentemente de sua adequação.

 

2.Frustração com o Processo Seletivo:

Processos seletivos longos e complexos, falta de feedback dos recrutadores e experiências negativas anteriores podem levar os candidatos a se sentirem desanimados e frustrados. O rage applying pode ser uma forma de expressar essa frustração, mesmo que de forma pouco produtiva.

Leia também: Como garantir um bom processo de onboarding

 

3.Falta de Orientação ou Informação:

Alguns candidatos podem não estar bem informados sobre como adequar seus currículos às vagas específicas ou sobre a importância de pesquisar sobre a empresa antes de aplicar. A falta de orientação pode levar ao envio indiscriminado de currículos, contribuindo para o fenômeno do rage applying.

 

4. Crença na Quantidade sobre a Qualidade:

Em um mercado de trabalho altamente competitivo, alguns candidatos acreditam erroneamente que enviar mais currículos aumentará suas chances de conseguir um emprego. Essa mentalidade de “atirar para todo lado” pode resultar em aplicativos inadequados e desperdício de tempo para ambas as partes.

 

Quais são os sinais que indicam o rage applying?

Identificar o rage applying é fundamental para os profissionais de RH garantirem um processo de seleção eficiente e de qualidade. Além dos sinais óbvios, como aplicativos em massa, há outros indicadores que podem sugerir que um candidato está se envolvendo nessa prática prejudicial:

 

1.Currículos Genéricos e Não Adaptados:

Candidatos que enviam currículos genéricos, que não são adaptados às vagas específicas ou à cultura da empresa, podem estar praticando o rage applying. Esses currículos geralmente não destacam as habilidades relevantes para a posição e demonstram falta de interesse genuíno na oportunidade.

 

2.Aplicações em Massa sem Critério:

Se um candidato está se candidatando a um grande número de vagas em um curto período de tempo, sem levar em consideração os requisitos ou a relevância das posições, isso pode ser um sinal de que estão se envolvendo no rage applying. Essa abordagem quantitativa em detrimento da qualidade indica uma falta de discernimento e comprometimento com as oportunidades.

 

3.Falta de Pesquisa sobre a Empresa e a Vaga:

Candidatos que não demonstram conhecimento sobre a empresa para a qual estão se candidatando ou não mencionam aspectos específicos da vaga em seus currículos ou cartas de apresentação podem estar simplesmente enviando currículos indiscriminadamente. A falta de esforço em entender a empresa e a posição sugere uma abordagem superficial e descomprometida com o processo seletivo.

 

4.Histórico de Aplicações sem Resposta:

Um histórico de aplicações frequentes, mas com poucas ou nenhuma resposta por parte dos recrutadores, pode ser um indicativo de que um candidato está se envolvendo no rage applying. A falta de retorno pode ser desanimadora para os candidatos, levando-os a aplicar-se a mais vagas indiscriminadamente na esperança de obter uma resposta.

 

Ao reconhecer esses sinais e padrões de comportamento, os profissionais de RH podem tomar medidas proativas para identificar e lidar com candidatos que estejam se envolvendo no rage applying, garantindo um processo de recrutamento mais eficiente e direcionado.

 

Como o RH pode ajudar a combater o rage applying?

O rage applying é um fenômeno que pode ser desgastante para os profissionais de RH e prejudicial para o processo de recrutamento. No entanto, existem várias estratégias que os profissionais de RH podem adotar para prevenir e lidar com essa prática prejudicial:

 

Comunicação Clara de Requisitos:

Uma descrição de vaga clara e detalhada é essencial para atrair candidatos qualificados e reduzir o número de aplicações inadequadas.

Certifique-se de que as descrições de vagas incluam não apenas as responsabilidades do cargo, mas também os requisitos específicos em termos de habilidades, experiência e qualificações.

Além disso, destaque aspectos da cultura da empresa e oportunidades de desenvolvimento para ajudar os candidatos a entender se a vaga é adequada para eles.

 

Feedback Construtivo:

O feedback é uma ferramenta poderosa para orientar os candidatos e ajudá-los a melhorar suas candidaturas. Mesmo que um candidato não seja selecionado para uma vaga, fornecer feedback construtivo pode ser inestimável para eles entenderem suas áreas de melhoria.

Explique claramente por que o candidato não foi escolhido, destacando pontos fortes e áreas que precisam de desenvolvimento. Isso não apenas ajuda o candidato individual, mas também constrói uma reputação positiva para a empresa, demonstrando um compromisso com o desenvolvimento profissional.

Leitura recomendada: A Arte de Receber e Dar Críticas Construtivas

 

Incentivo à Pesquisa:

Encorajar os candidatos a fazerem pesquisas sobre a empresa e a vaga antes de se candidatarem é fundamental para garantir que estejam aplicando de forma consciente e informada.

Ou seja, forneça recursos, como links para o site da empresa, perfis de mídia social e depoimentos de funcionários, para ajudar os candidatos a entender melhor a cultura e os valores da organização.

Além disso, destaque os desafios e oportunidades específicos da vaga para atrair candidatos que estejam genuinamente interessados e alinhados com as expectativas da empresa.

 

Utilização de Sistemas de Rastreamento de Candidatos (ATS):

Os sistemas de rastreamento de candidatos (ATS) são ferramentas valiosas para ajudar os profissionais de RH a gerenciar e filtrar candidatos de forma eficiente.

Além de facilitar o processo de triagem de currículos, os ATS podem ser configurados para identificar padrões de comportamento, como aplicativos em massa.

Ao analisar dados e métricas fornecidos pelo ATS, os recrutadores podem identificar áreas de melhoria no processo de recrutamento. Além de implementar estratégias para prevenir o rage applying no futuro.

 

Em suma, ao adotar essas estratégias, os profissionais de RH podem mitigar os efeitos do rage applying, promovendo um processo de recrutamento mais eficiente, direcionado e satisfatório para todas as partes envolvidas.

 

Conclusão

Enfrentar o rage applying é essencial para garantir um processo de recrutamento eficaz e produtivo. 

Assim, para auxiliar na gestão eficiente das demandas e no acompanhamento de projetos e tarefas, o FlowUp oferece uma solução abrangente.

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Além disso, se você deseja continuar se aprofundando na gestão de pessoas, e explorar mais sobre como criar ambientes de trabalho positivos, confira nosso próximo post: “Efeito Halo: o que é, como funciona e como evitar?“.